Pensando em doença grave do século para o idoso, é bom pensar em uma pirâmide importante, onde é composta na base por duas doenças extremamente incapacitantes para o sistema músculo esquelético, representada inicialmente pela osteoporose, seguida então da Osteoartrite, que estão sempre presentes nos pacientes idosos. Porém no ápice da pirâmide existe uma doença (síndrome?), onde está cada vez mais, preocupando a sociedade científica médica, definida então como Sarcopenia.
A osteoporose é uma doença multifatorial, que compromete a arquitetura óssea desenvolvendo assim complicações graves como, fraturas pela diminuição da massa óssea. Sabe-se que ela é tão mortal como o câncer de mama, infarto agudo no miocárdio e acidente vascular cerebral no idoso. A casa 3 segundos uma pessoa morre no mundo, sofre uma fratura osteoporática.
Segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation) no Brasil, apresenta em média anual 121.000 fraturas de quadril, devendo chegar em 2020 a 140.000, assim como em 2050 será de 160.000 fraturas de quadril, assim como considerando as fraturas vertebrais em maior índice. A osteoartrite não é mais uma doença primariamente degenerativa, mas sim o resultado do desequilíbrio entre a formação e a destruição da cartilagem, mediada por múltiplos fatores como genéticos, inflamatórios, bioquímicos entre outros, e apresenta-se diretamente proporcional à idade, acometendo 20% da população mundial, sendo considerada a 3ª causa de afastamento do trabalho no Brasil, após as doenças mentais e cardiovasculares.
A sarcopenia foi definida, originalmente como a diminuição da massa muscular relacionada ao envelhecimento. Entretanto, ao longo da última década, tornou-se um termo mais abrangente, usado para definir a perda de massa e força muscular, relacionadas com a idade começando aos 40 anos. Depois dos 40 anos, a massa muscular diminui a uma taxa de aproximadamente 8% por cada década até os 70 anos, após os quais a perda aumenta a uma taxa de 15% por década.
A perda de massa muscular é um importante problema físico em adultos mais velhos, e leva a uma perda de força e diminuição da atividade física, tendo como objetivo maior, aumentar a massa muscular magra e evitar o aumento da massa muscular gorda. Então devemos ter como prioridade a nutrição, para que não haja aumento da perda da massa muscular magra à 30%, só assim, podemos evitar grandes comorbidades, levando em consideração que, a população idosa vem cada vez mais crescente, junto com isso, outras doenças como osteoporose, osteoartrite, assim como ortopédica, neurológica e outras.
Por – Dr. Herculano Silva – Ortopedista